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O CORONA VAI MUDAR O NEGÓCIO DOS INFLUENCERS?


O CORONA VAI MUDAR O NEGÓCIO DOS INFLUENCERS?

A estratégia é vender um estilo de vida diferenciado através de milhares de fotos e vídeos bem produzidos de eventos, viagens, baladas, compras, carros, roupas e acessórios, todos turbinados pelas mídias sociais com likes e followers.

Os “influencers” surgiram recentemente como uma classe ou profissão onde o segredo é vender quem são e como vivem, obtendo ganhos com patrocínios e acordos comerciais. O conteúdo são os próprios influencers, consumidos desesperadamente por seus seguidores.

Ultimamente uma boa parte deles têm sido hostilizada em razão de suas posturas diante de todo o cenário mundial, isto porque o momento requer extremo cuidado com posts e posicionamentos. Em tempos onde desemprego, recessão econômica e problemas de saúde surgem todos juntos, exibir sua situação próspera e confortável de enfrentamento pode transparecer uma grande falta de empatia para outros tantos sem as mesmas condições.

Alguns começam a seguir a linha nostálgica com #tbt’s de quando o mundo era bom e curtíamos a vida, mas mesmo essa estratégia parece começar a não render os frutos (R$) esperados, talvez porque a instabilidade em relação ao meu futuro, não me faça atentar tanto ao seu passado.

Acabamos ficando mais introspectivos e voltados para dentro e parece que a realidade chegou com tanta força através desta pandemia que o consumo da vida dos sonhos de qualquer mortal ficou em segundo plano.

Resta saber se este efeito é passageiro ou se até os influencers terão que rever seu modelo de negócios. Há quem diga que, talvez, o foco dos próprios influencers tenha que evoluir do “eu” para o “nós” com um senso de segurança e comunidade. Produzir confiança a partir do que são de verdade e não em mitos irreais de consumo desenfreado. Se as marcas se reinventam e os produtos mudam em tempos de crise, nada mais justo.

Como sou um profissional que trabalha com cultura organizacional e comportamento humano, pessoalmente, torço para que a crise nos dê sentidos mais profundos de vida e nos faça consumidores mais conscientes de todos os nossos “produtos”, mas este é um jogo complicado, afinal de contas o imponderável comportamento humano é a maior de todas as incógnitas.

Será que sairemos mesmo diferentes desta pandemia? Façam as suas apostas. Qual a sua?

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